O Sistema Instrumentado de Segurança está ligado à Segurança do Trabalho e aos interesses econômicos da indústria, visto que o SIS (Safety Instrumented System – SIS) minimiza os riscos de acidentes com os trabalhadores e reduz a perda de ativos (equipamentos, prédios etc.) da empresa.
Os objetivos do SIS são: evitar acidentes dentro e fora das fábricas, como incêndios, explosões e danos aos equipamentos; promover a proteção à produção e à propriedade, evitar riscos à vida e danos à saúde pessoal; e prevenir impactos catastróficos na comunidade.
A segurança industrial, antes estava focada nas práticas seguras de trabalho, que consistiam no manuseio de materiais perigosos e na operação de equipamentos. Atualmente, a segurança industrial atua sobre as infraestruturas mais complexas dos processos de fabricação, abrangendo toda a empresa.
O aumento da aplicação de dispositivos de controle eletrônico trouxe a necessidade de sua regulamentação, de modo a garantir a segurança dos recursos de uma fábrica por meio desses equipamentos. As principais normas regulamentadoras aplicadas na atualidade são a IEC 61508, a IEC 61511 e a AIA 34. A regulamentação ampliou o interesse sobre o SIS, aumentando a confiabilidade dos instrumentos.
Nenhuma medida de segurança isolada pode reduzir os riscos e proteger a planta e o pessoal contra eventuais danos caso ocorra um incidente perigoso. Por isso, foram desenvolvidas medidas de segurança dispostas em camadas protetoras. As camadas protetoras representam uma sequência de dispositivos mecânicos, de controle de processos, de sistemas de parada programada e de medidas de respostas externas que impedem ou combatem um evento perigoso.
Se uma das camadas falhar, as demais estarão disponíveis para trazer o processo a um estado seguro, considerando que o acidente é uma sucessão de falhas em efeito dominó. Com o aumento de camadas, aumenta-se a confiabilidade do sistema do sistema de segurança. A figura 1 mostra as sete camadas de segurança em ordem de ativação.
Descrição das sete camadas de segurança:
1° Sistema de controle básico do processo: esse nível consiste em controles básicos, em alarmes e em supervisão do operador.
2° Alarmes críticos: essa camada de proteção fornece alarmes críticos que alertam os operadores a uma circunstância em que uma variável excedeu seus limites especificados e pode exigir a intervenção, mas está sediada nos equipamentos de controle básico.
3° Sistema instrumentado de segurança: opera independentemente do sistema de controle básico do processo. Executa ações de parada quando as camadas precedentes não conseguem resolver uma emergência.
4° Dispositivos de alívio: utilizam válvulas, dispositivos de alívio de pressão para impedir uma ruptura, o derramamento ou a liberação descontrolada.
5° Diques: consiste na retenção dos elementos em vazamento de modo a estabelecer barreiras para a contaminação do meio ambiente ou fogo.
6° Resposta da planta: é a ação da resposta de emergência tomada pelos componentes da planta e consiste na luta contra o incêndio e/ou procedimentos de evacuação.
7° Resposta da comunidade: o nível
final é a ação da resposta de emergência tomada pela comunidade e consiste na luta contra o incêndio e em outros serviços de urgência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário